Hoje,
estivemos na IPSS Coração da Cidade, no âmbito de um mandato aberto
levado a cabo pelo deputado e primeiro candidato da CDU à Assembleia
Municipal do Porto, Honório Novo, sobre a acção social no Porto. Esta
instituição serve mais de 400 refeições diárias, para além de dar apoio
alimentar a quase 200 famílias e apoio também ao nível dos cuidados de
saúde e do medicamento.
Esta IPSS funciona em regime de voluntariado e
não recebe nenhum apoio das entidades públicas, nomeadamente
por parte da Câmara Municipal do Porto. Esta e outras instituições
fazem um trabalho meritório a lidar com as consequências da pobreza,
nomeadamente a fome, num contexto de uma desresponsabilização cada vez
maior dos poderes públicos na resposta a emergências sociais.
Contudo a
questão central, é se queremos quebrar o ciclo vicioso da pobreza, temos
que inverter o modelo económico actual e as políticas económicas que
geram desemprego, redução do rendimento e do poder de compra das
famílias e novos pobres todos dias. Senão estamos apenas a perpetuar a
pobreza, criando almofadas sociais para atenuar a gravidade da crise
económica e social.
O retrato que hoje nos foi transmitido é que cada
vez mais famílias da classe média e media-baixa que ingressam a pobreza,
numa sociedade cada vez mais polarizada entre pobres e um punhado de
muito ricos. Neste contexto, compete à Câmara Municipal do Porto ser um
facilitador deste rede social de apoio complementar baseada em IPSS ou
associações que prestam apoio social, nomeadamente por via do apoio
logístico, do uso do seu património edificado e naquilo que pode remover
de burocracias ao nível do licenciamento ou mesmo de isenção de taxas.
Infelizmente a actual maioria PSD/CDS seguiu uma estratégia de
crispação com algumas instituições e descentralizou a política social na
fundação Porto Social, cujos os resultados práticos não são visíveis,
apesar do número de iniciativas que aparecem no relatório de
actividades.
A CDU quer a extinção desta Fundação e que acção social
seja remunicipalizada num pelouro próprio. Também ao nível dos bairros
sociais tem de haver acompanhamento por por parte de assistentes
sociais. A Câmara Municipal do Porto também tem aqui o papel que não
está cumprir. Temos que mudar o Porto, com confiança numa vida melhor. O
Porto de Abril que queremos e precisamos está nas nossas mãos. Junta-te
a nós por um Porto de justiça social.
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