No dia 2 de Junho, visitámos o
Bairro Rainha D. Leonor, com a participação de diversos eleitos municipais e
activistas da CDU.
Os blocos do Bairro Rainha D. Leonor encontram-se na freguesia de Lordelo. O bairro foi construindo 1955, conta com
100 fogos de habitação social e já chegaram aqui a viver mais de 400
pessoas. Muitos dos moradores vivem no bairro desde a sua construção ou
são filhos de moradores, tendo nascido e crescido no bairro. Nestes
mandatos de Rui Rio, a CDU tem vindo a insistir na reabilitação do
bairro, sendo um dos bairros do grupo 1, ou seja, dos mais antigos e com
piores condições. O edificado encontra-se bastante degradado,
nomeadamente as fachadas exteriores, as escadas e patamares de acesso às
habitações. Casas de dimensão diminuta, com problemas estruturais no
interior. Caixas de correio e secadores danificados. A que se soma um
conjunto de casas emparedadas. Mais de 50% do bairro encontra-se
desabitado. Não existem realojamentos para o bairro e tem vindo a ser
promovidos realojamentos se moradores para outros bairros da periferia
do Porto. É de sublinhar que este bairro encontra-se nas imediações
centro histórico da cidade, com vistas sobre o rio Douro. Há já alguns
anos que se mantém a indefinição sobre o futuro do bairro, sendo a
demolição uma crónica anunciada.
A questão é sempre a mesma. Demolir
pode ser necessário para que exista uma reabilitação a custos mais
baratos e garantir melhores condições habitacionais. Mas a questão
central é o que se pretende fazer ao bairro. A CDU quer que no local
possa nascer um bairro social de novo tipo, que integre a comunidade
local que lá existe e faça aumentar a oferta de habitação social na
cidade. A CDU não quer outra operação imobiliária como a do Aleixo ou o
que aconteceu ao bairro S. Vicente de Paulo. Esta coligação PSD/CDS e
seus herdeiros vêem condomínios de luxo aqui a crescer. São duas ópticas
diferentes para o desenvolvimento da cidade. A da coligação tem vindo a
promover a desertificação da cidade e o esvaziamento do centro
histórico, em paralelo com a desintegração das comunidades locais,
promovendo a perda de identidade do Porto tal como o conhecemos.
Precisamos mudar o Porto, mudar de políticas e inverter a lógica de
desenvolvimento que tem vindo a ser seguida. Temos um projecto de
desenvolvimento para o Porto, está nas nossas mãos garantir o Porto vivo
e dinâmico que queremos e precisamos. Um Porto de Abril!
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