O gráfico
ajuda a ilustrar porquê. A taxas de crescimento da produção industrial
nacional têm vindo a desacelerar de década para década e desde 2000
entrou mesmo em contracção. A produção industrial em 2011 estava
ao nível de 1994. Seguindo a desaceleração e a contracção da produção
industrial, o défice da balança de bens tem vindo a agravar-se em termos
médios de década para década, atingindo os 16,7 mil milhões de euros na
última década. As barras azuis decrescem e a linha vermelha (o défice)
acompanha, ou seja, produzimos cada vez menos bens, importámos cada vez
mais, o nosso défice da balança de bens aumenta. Paga pagar este défice
temos de vender activos nacionais a estrangeiros ou aumentar o nosso
endividamento face ao exterior, aumentando a nossa dependência externa.
Quem nos vende os bens é também quem nos empresta o dinheiro. Produzimos
menos, devemos mais. Para inverter o ciclo, temos que produzir mais,
para dever menos. Temos que ter uma estratégia de substituição de
importações e de aprofundamento do nosso mercado interno, o que passa
também por valorizar o trabalho, os salários.
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